Marcando o início das comemorações pelo Dia do Meio Ambiente, o governador Eduardo Campos mostrou que desenvolvimento e preservação ambiental andam juntos. Na última terça-feira (05), às 7h, além de inaugurar o trecho duplicado da PE-60 e os três viadutos construídos na via, - na altura do km 10, entrada de do Porto de Suape -, o governador assinou o decreto que cria a Unidade de Conservação – Estação Ecológica de Bita e Utinga, localizada no território de Suape. O roteiro incluiu, ainda, visita ao viveiro florestal de Suape e plantação de mudas numa das áreas de reflorestamento.
Com investimento total de R$ 73 milhões, as obras de infraestrutura viária na PE-60 conferem mobilidade e melhoria na fluidez do trânsito no entorno do Complexo, por onde passam diariamente 42 mil veículos. A criação da primeira Estação Ecológica é mais um passo para consolidar a política de responsabilidade socioambiental que o Complexo de Suape vem adotando nos últimos anos. "Em um dia como esse, era importante que aqui estivéssemos, para mostrar que é possível crescer com sustentabilidade e respeito à natureza", disse o governador Eduardo Campos.
A Unidade de Conservação - Estação Ecológica de Bita e Utinga está localizada nos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, tem uma área de 2.467,1 hectares e abriga os dois principais mananciais hídricos da região (Bita e Utinga) e o bioma Mata Atlântica. A Unidade de Conservação será administrada pela CPRH, órgão que ficará responsável por instituir as diretrizes e normas de uso e ocupação, assim como as atividades permitidas e proibidas na área. Além do governador, também participaram da solenidade os secretários de Desenvolvimento Econômico – Geraldo Julio, Transportes - Isaltino Nascimento, e Meio Ambiente e Sustentabilidade – Sérgio Xavier.
BALANÇO – Em Suape estão em curso diversas ações de restauração e proteção ecológica. No ano passado, o Complexo zerou o passivo ambiental com o início do replantio de 240 hectares de mata atlântica, além da restauração de 61 hectares de restinga e 9 hectares de mangue no Engelho Ilha. Outros 100 hectares de restinga no Engenho Ilha e mais 22 hectares no estuário do Ipojuca – Merepe cotam com ações de preservação.
O novo Plano Diretor prevê outras mudanças estruturadas para a área ambiental, como a ampliação da Zona de Preservação Ecológica (ZPEC) de 6 mil para mais de 9 mil hectares, correspondendo a 59% do território do Complexo de Suape. Outro passo importante foi a adesão ao Pacto Pela Restauração da Mata Atlântica, assinado em junho de 2011 por Suape e pelo Governador Eduardo Campos.
Ainda em 2011 foi criado o Fórum Suape Sustentável, visando à gestão integrada e sustentável do Território Estratégico. O fórum é composto por 09 Secretarias Estaduais (SDEC, SASR, SCJ, SEDSDH, SEMAS, SECMULHER, SEPLAG, STQE e SETRA), EAS, RNEST, Petroquímica Suape, CSS, BNDES, BNB e Agência CONDEPE-FIDEM, e busca o desenvolvimento de ações sociais e ambientais.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL – O projeto de Suape disponibilizou 460 vagas gratuitas, em 2011, distribuídas em cursos e oficinas voltados para o meio ambiente. Foram oferecidos debates sobre temas como pedagogia de projetos ambientais e desenvolvimento ecologicamente e socialmente sustentável. Durante as oficinas, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o viveiro florestal e participaram do plantio de espécies nativas de Mata Atlântica nas áreas de reflorestamento. Para este ano, estão sendo ofertadas 1.380 vagas nos seguintes cursos: Curso Livre de Educação Ambiental, Curso de Pedagogia Ambiental, Oficina Ecológica e Oficina Eco Pedagógica.
VIVEIRO FLORESTAL– Suape possui um viveiro florestal, situado no Engenho Algodoais, com capacidade para produção anual de 400 mil mudas de espécies nativas de mata atlântica que são utilizadas nas áreas de reflorestamento e doadas para escolas e empresas. Em reconhecimento ao trabalho que vem desenvolvendo, Suape ganhou o Prêmio Top Socioambiental promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB-PE) na categoria Meio Ambiente com o Projeto Pedagogia Ambiental. A entrega do troféu ocorreu em maio deste ano.
Suape ganha primeira Unidade de Conservação
A Estação Ecológica de Bita e Utinga é uma Unidade de Conservação de Mata Atlântica com 2.470,14 hectares, abrangendo terras dos municípios de Cabo de Santo Agostinho (39%) e Ipojuca (61%). Cerca de 1/5 de sua área será de preservação permanente, e 25% é composto por floresta do tipo Mata Atlântica fechada. Os estudos para diagnóstico da região e definição da área da UC foram feitos pela Geossistemas, empresa contratada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) _ órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas).
A criação desta UC vem atender às demandas do novo Plano Diretor de Suape (2011), o qual amplia sua Zona de Proteção Ecológica (ZPEC) de 48% para 59%. Como será uma unidade de proteção integral do tipo Estação Ecológica (ESEC), seu objetivo geral será a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais.
A Semas e a CPRH trabalham no sentido de garantir que, no cenário de Suape, com estabelecimento de obras, indústrias e outros empreendimentos passíveis de pagamento de compensação ambiental, UCs de proteção integral sejam criadas a fim de serem as destinatárias preferenciais dos recursos compensatórios. Além disso, o projeto proporcionará a concretização da ideia da “Barreira Florestal” de Suape.
Em termos de Pernambuco, o Governo trabalha com a meta de implantar, até 2014, um total de 85 Unidades de Conservação de Mata Atlântica (70) e Caatinga (15), biomas que caracterizam a cobertura vegetal do Estado. A criação dessas UCs faz parte da estratégia do Estado de caminhar rumo à sustentabilidade no que se refere à conservação da biodiversidade a partir da proteção das matas e das águas.
Além da assinatura do decreto de criação da ESEC Bita e Utinga, o governador Eduardo Campos também deverá anunciar a posse, no final de junho, dos conselhos gestores de 20 UCs pernambucanas. A formação e posse do conselho gestor de uma UC representa a etapa seguinte à assinatura do decreto de implantação.